Têm ocorrido imensas manifestações nos últimos tempos contra as medidas que o governo tem posto em prática e contra a "Troika" e o que ela tem feito. A população junta-se aos milhares em todo o país, gritam palavras de ordem, mostram cartazes e fazem greves. Qual o resultado de tudo isso? Pouco ou nada acontece...
O que é facto é que a população portuguesa gosta muito de pôr defeitos em tudo e todos mas na hora de agir quando realmente dá resultado, não aparece para dizer o que realmente quer... Ora, não é preciso der engenheiro de foguetões para saber do que estou a falar: eleições.
As eleições são o único modo que o povo verdadeiramente tem para se manifestar com resultados no fim... Não é a gritar nem a exibir faixas que os políticos vão dizer: "- Sim senhor, aquele indivíduo que está ali a berrar tem, de facto, razão. Não o conheço nem sei sequer a formação que ele tem para estar a discutir economia e gestão financeira, mas tem toda a razão e eu confio plenamente no que ele diz, apesar de também não saber os números com que o governo está. Vamos fazer o que ele diz..."
Quem quer agir, deve, simplesmente, dirigir-se ás urnas nas próximas legislativas e votar em alguém que vá, realmente, fazer algo pelo país. É extremamente grave que as eleições em Portugal andem com 41.93% de abstenção. Ainda para mais, as pessoas não votam e depois ainda se vão manifestar para as ruas... Que legitimidade têm dezenas, ou mesmo, centenas de milhares de pessoas para estarem na rua a criticar o governo que elas nem sequer tentaram não colocar lá? E as pessoas que realmente votaram neles e estão, também elas, a manifestar-se? Na minha opinião, nenhum desses grupos de pessoas tem legitimidade para tal. Se retirássemos a todos os manifestantes aqueles que votaram PSD e os que nem sequer de deram ao trabalho de votar das manifestações, ficaríamos praticamente sem ninguém nas ruas...
Mas toda esta abstenção acaba por ser relativamente compreensível. Em todas as eleições existem campanhas eleitorais em que todos os partidos envolvidos fazem a sua propaganda. Durante as eleições legislativas, particularmente, existe uma enorme diferença de tratamento por parte da comunicação social, em que os 5 partidos que já têm acento parlamentar são exaustivamente acompanhados e noticiados horas e horas por dia, enquanto que os "pequenos" partidos raramente aparecem. Os debates 1 vs 1 são sempre feitos apenas com esses 5 partidos e os outros são postos todos ao molho num debate às tantas da noite em que os concorrentes apenas têm escassos minutos para poderem falar. E isto é simples de verificar, a partir do momento em que, nas últimas eleições legislativas, o 5º partido mais votado (BE) e o teve 5.17% dos votos e dos 12 partidos restantes, apenas 2 tiveram mais que 1% dos votos. É uma discrepância enorme de números! Isto é simples manipulação de resultados... Apenas alguns acabam por ter hipótese de ganhar as eleições!
A única solução que acabamos por ter é termos que ser nós com as nossas próprias mãos a procurar e explorar qual a melhor alternativa para nos governar. Sermos nós a informar-mo-nos sobre cada partido (ideais, objectivos, prioridades, modo de gestão...) e manifestar sobre o que queremos do nosso país no futuro. Se a informação não chega a nós, temos que ser nós a procurá-la... Como diz o ditado: Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé...
Manifestar-nos nas ruas quando o mal já está feito é inútil!
Quando votarem, têm direito a abrir a boca... Até lá as manifestações são inúteis. O governo olha para nós e ri-se...
Dor de pensar...
sábado, 16 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
Fraude do cavalo
Tem-se falado muito nas últimas semanas do aparecimento de carne
de cavalo onde deveria estar carne de vaca em produtos constituídos de carne
processada como lasanhas, hambúrgueres ou almôndegas. Qual é o
real problema disso para nós? A carne de cavalo é perfeitamente comestível e
até é mais difícil de encontrar, o que a torna algo cara e exótica! O problema
é grande, grave e perigoso...
Segundo a ASAE não existe "perigo para a saúde pública" mas
isto é apenas referente a este problema da carne de cavalo. Parece-me que tudo
isto não passa da ponta do icebergue, porque se pensarmos bem, isto tem
proporções enormes... Citando António Nunes, Inspector-Geral da ASAE, 13
de 134 amostras recolhidas deram resultados positivos à presença de carne de
cavalo em carne processada, o que, na minha opinião, é demasiado e, se toda esta quantidade consegue passar pelas nossas autoridades de higiene e segurança alimentar, o que é que andará por aí nos nossos pratos sem que nós saibamos? A partir de agora, quem nos garante que a famosa história das minhocas no McDonald's não são verdadeiras? Na minha opinião, o perigo de andarmos a comer coisas potencialmente nocivas à saúde é grande. Mas a minha opinião vale o que vale...
Outro dos problemas também muito falado que os tachos.... quer dizer, os senhores da União Europeia estão a discutir é o da rotulagem. Aparentemente a grande crise que isto está a causar não é o facto de as autoridades de segurança alimentar não terem detectado a existência de carne de cavalo onde ela não deveria existir, mas sim o facto dessa existência não se encontrar descrita no rótulo... Isto é a burocracia levada ao extremo... É mais importante o que de diz um papel que se encontra colado à embalagem do que o conteúdo dela propriamente dito...
Se formos a fundo na questão da origem deste produtos, é bem possível que encontremos criadores ilegais de cavalos para abate e consumo, matadouros ilegais, fábricas de processamento de carne clandestinas, entre outros que são um verdadeiro perigo para a saúde pública, pelos vistos, mundial. O que torna este perigo mundial é o facto destes produtos viajarem além fronteiras e milhares, ou mesmo milhões, de pessoas os consumirem... Se existiu esta facilidade de burla e sabendo que quando se encontra uma brecha, os oportunistas tentam logo aproveitá-la, acho que o risco acabou de existirem produtos alimentares perigosos acabou de aumentar, a não ser que comece a existir um maior controlo alimentar na origem, e não na rotulagem, ou quando o produto já anda na boca de milhares de pessoas pela Europa fora.
Quero apenas deixar uma nota positiva: visto que, apesar de ser carne de cavalo, estes produtos em concreto não constituem qualquer perigo para a saúde pública, o Ministro do Consumo francês decidiu que os alimentos retirados do mercado serão doados a instituições de solidariedade, que os distribuirá por quem mais necessita. Um acto nobre que deve ser realçado e congratulado.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Impacto da tecnologia na sociedade
Lá vai o tempo em que as pessoas puxavam pelo cabedal para conseguirem ter o que pretendiam. Trabalhar ao sol para ter que comer. Esperar dias e dias para poder dizer algo a alguém que vivia na freguesia do lado. Usar velinhas para ver de noite. Fazer fogueiras para se aquecerem no Inverno... Hoje em dia, a tecnologia faz quase tudo isso por nós. Queremos dizer algo a alguém do outro lado do mundo? Podemos fazê-lo em poucos segundos. Está escuro? Pressiono um botão e resolveu-se o problema. Está frio? Carrego num botão e em pouco tempo fico quente e confortável.
No entanto, em tudo isto, falta algo... Algo que deixou de existir a partir do momento em que temos tudo facilitado. Deixou-se de dar valor a coisas que realmente importam. Já ninguém dá o valor devido a algo básico como a água, pura e simplesmente porque ela nos vem ter a casa sem que façamos qualquer esforço. O único valor que lhe é atribuído é o preço que vem na factura. Apenas quem já sentiu na pele o que é ficar sem água, com cede, desidratado... é que sabe dar realmente valor a este bem precioso
Para além disso, falta algo que se tem perdido de dia para dia, a olhos vistos e que faz falta a todo e qualquer ser humano: contacto directo, comunicação olhos nos olhos, contacto físico, calor humano. Tudo isto se tem perdido com a supremacia e hegemonia da tecnologia. Facebook, Tweeter, Skype, telemóveis, entre outros, permitem-nos uma forma de comunicação mais simples e rápida mas que nos privam de algo muito importante num processo de comunicação: o contacto visual. Sem contacto visual é mais complicado compreender o que realmente nos dizem. Por vezes nem precisamos de palavras para comunicar, muitas vezes um olhar basta.
Vivemos numa civilização mecanizada e que espera que as máquinas façam o trabalho por elas, mas no fundo, não podemos evitá-lo. Eu próprio estou a fazer esta crítica e, no entanto, estou a comunicar convosco através da Internet. É algo que já está de tal forma incutido na sociedade, que se torna praticamente impossível de evitar. Já é algo instintivo; procuramos sempre o caminho mais fácil e rápido para chegar aos objectivos.
A própria economia está absolutamente dependente da tecnologia para a sua subsistência. Praticamente todos os produtos que compramos foram feitos através de processos mecânicos, bem como a maioria das comunicações, viagens e até compras. Tudo isto vai dar origem a uma perda de valores na sociedade...
Apesar de ser complicado, é preciso valorizar o que realmente importa: as capacidades humanas. É certo que as máquinas foram feitas pelo ser humano, mas não há nada como serem as pessoas, com o seu esforço e dedicação, a produzir algo com valor.
O ser humano é um mundo cheio de potencialidades que não estão a ser aproveitadas.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Caridade de Beckham
Como é sabido, David Beckham foi contratado pelo PSG, com um salário de perto de 30 milhões de €uros anuais, dos quais decidiu abdicar na sua totalidade e doar para solidariedade. Até aqui, nenhuma novidade, mas entretanto a justiça francesa entrevem e diz que este Senhor não pode doar todo o seu salário e tem que ficar com 2200 €uros para si. Ora, a lei podia fechar os olhos a esta situação, visto estarmos a falar de caridade e de uma excelente acção, executada por um verdadeiro Senhor, mas também existe a orgulhosa lei francesa da Igualdade a impedir que se deixe passar...
Que tipo de igualdade se está a impor, por impedir um homem que a própria igualdade se cumpra? Confuso? Eu explico: se uma pessoa está a tentar fazer a vida das pessoas melhor, está a tentar inserir essas pessoas na sociedade, de modo a que todas possam viver felizes, está a promover a igualdade para o máximo de pessoas possível. Em contrapartida, o próprio ideal de Igualdade está, a priori, a impedir que ele consiga cumprir o que a própria lei prevê... É um pau de dois bicos, muito complicado de resolver.
No fundo estamos a falar de 2200 mensais a menos que não vão para caridade, o que no fundo acaba por ser um grão de areia no deserto, mas não podemos ver dessa maneira, pois dá para alimentar várias famílias todos os meses, pôr um sorriso na cara de várias crianças cujos pais não têm dinheiro para comprar brinquedos, pôr comida na boca de muitos sem-abrigo, ou mesmo tirá-los dessa condição... A lei está a ser seguida cegamente e sem pensar no bem da sociedade que, nestes tempos difíceis, precisa tanto de pessoas assim. Beckham recebe muitos milhões todos os anos em publicidades, patrocínios e sabe-se lá mais o quê... A sua mulher, a mesma coisa... Não precisam do salário do PSG para nada, porque não deixá-lo dar o dinheiro a quem realmente precisa? O que ganha o governo francês com esta atitude? No fundo são perguntas sem resposta aparente.
No fundo, temos uma pessoa que deve ser valorizada pelas suas acções. Existem muitas pessoas no mundo que também são milionárias e não doam o um chavo a ninguém sem ter algo em troca, muitas vezes com pessoas a pedir esmolas à porta da empresa da qual são donas. Pessoas como o banqueiro do BPI, que menospreza e desrespeita os sem-abrigo. Pessoas como o "nosso" Primeiro-Ministro, que manda os jovens emigrar...
Existem pessoas que têm posses para dar e não dão porque não querem, porque são agarradas ao dinheiro e que ainda gozam com quem pouco ou nada tem, e quando aparece uma alma caridosa a querer ajudar os que estão em dificuldades, é-lhe negado esse dever e, em alguns casos, esse dever moral.
Quem tem, pode e deve doar, quem não tem, deve ser humilde em receber, por vezes um sorriso basta para agradecer.
Cumprimentos
Que tipo de igualdade se está a impor, por impedir um homem que a própria igualdade se cumpra? Confuso? Eu explico: se uma pessoa está a tentar fazer a vida das pessoas melhor, está a tentar inserir essas pessoas na sociedade, de modo a que todas possam viver felizes, está a promover a igualdade para o máximo de pessoas possível. Em contrapartida, o próprio ideal de Igualdade está, a priori, a impedir que ele consiga cumprir o que a própria lei prevê... É um pau de dois bicos, muito complicado de resolver.
No fundo estamos a falar de 2200 mensais a menos que não vão para caridade, o que no fundo acaba por ser um grão de areia no deserto, mas não podemos ver dessa maneira, pois dá para alimentar várias famílias todos os meses, pôr um sorriso na cara de várias crianças cujos pais não têm dinheiro para comprar brinquedos, pôr comida na boca de muitos sem-abrigo, ou mesmo tirá-los dessa condição... A lei está a ser seguida cegamente e sem pensar no bem da sociedade que, nestes tempos difíceis, precisa tanto de pessoas assim. Beckham recebe muitos milhões todos os anos em publicidades, patrocínios e sabe-se lá mais o quê... A sua mulher, a mesma coisa... Não precisam do salário do PSG para nada, porque não deixá-lo dar o dinheiro a quem realmente precisa? O que ganha o governo francês com esta atitude? No fundo são perguntas sem resposta aparente.
No fundo, temos uma pessoa que deve ser valorizada pelas suas acções. Existem muitas pessoas no mundo que também são milionárias e não doam o um chavo a ninguém sem ter algo em troca, muitas vezes com pessoas a pedir esmolas à porta da empresa da qual são donas. Pessoas como o banqueiro do BPI, que menospreza e desrespeita os sem-abrigo. Pessoas como o "nosso" Primeiro-Ministro, que manda os jovens emigrar...
Existem pessoas que têm posses para dar e não dão porque não querem, porque são agarradas ao dinheiro e que ainda gozam com quem pouco ou nada tem, e quando aparece uma alma caridosa a querer ajudar os que estão em dificuldades, é-lhe negado esse dever e, em alguns casos, esse dever moral.
Quem tem, pode e deve doar, quem não tem, deve ser humilde em receber, por vezes um sorriso basta para agradecer.
Cumprimentos
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Reality Shows, entretenimento ou degredo?
Big Brother, Casa dos Segredos e outros pelo meio foram os chamados "Reality Shows" (como se não existissem palavras portuguesas que servissem) por, supostamente, retratarem a realidade do que acontece quando se junta um grupo pessoas desconhecidas entre si na mesma casa durante um período de tempo.
Existe um problema grave neste conceito: as pessoas são escolhidas a dedo, não porque são as mais adequadas para retratar um normal ser humano em Portugal, mas sim a pessoa mais "bonita" fisicamente e menos inteligente, basta ver um punhado de citações retiradas desses programas por parte dos concorrentes. Quem tiver o melhor equilíbrio destes 2 factores, é seleccionado a entrar. A parte física é importante ao ponto de, indirectamente, colocarem pessoas sexualmente muito sugestivas (digamos assim...), para que haja atracção entre os concorrentes e os leve a romances, que por sua vez levam a cenas de ciumes, que dão origem a conflitos, etc... E são estes episódios de "escândalo" que acabam por trazer audiências, que, no fundo, são o objectivo final destes programas...
Mas nada disto transmite qualquer tipo de conhecimento, informação, cultura... Se quisermos tirar algo de positivo destes programas, podemos afirmar que estes nos permite ver o tipo de pessoas que existe na nossa sociedade: pessoas incultas, superficialistas, fachadas daquilo que não são, e que não se importam de ser assim: um verdadeiro degredo do que é o nosso país. Os concorrentes destes programas são meras representações de tudo o que de mau e ridículo que a nossa sociedade tem e toda essa palhaçada transformou-se, de algum modo, em entretenimento para a população.
Há algo a reter que é muito importante a quem transmite estes programas: é um canal de televisão que, no seu todo, visa, única e exclusivamente, ter audiências e, desse modo, ganhar dinheiro a transmitir seja lá o que for. Já não são transmitidos programas que ensinem, realmente, algo de útil à sociedade. Até as notícias são manipuladas para causar sensacionalismo e ganhar audiências! São violados os códigos de ética jornalísticos que já levaram ao afastamento de jornalistas como Manuela Moura Guedes. Os "Reality Shows" não são mais do que programas sensacionalistas que visam fazer dinheiro, ignorando a cultura das pessoas, passando apenas "entretenimento" ofensivo, sexista, criador de conflitos e violento. O problema é que este canal transmite apenas o que as pessoas querem ver. E o que as pessoas querem ver são telenovelas, que nada ensinam, apenas mantém pessoas coladas aos ecrãs para ver o que acontece a seguir, numa história completamente ficcional; "Reality Shows" e jornalismo sensacionalista, que em vez de relatar realidades importantes, retrata cenas espalhafatosas, violentas, pouco importantes e pouco úteis com o simples objectivo de ganhar fama, audiências e dinheiro. É o capitalismo selvagem a ser emanado pelas nossas televisões com o objectivo de nos viciar, manipular e converter a determinadas ideologias. Não dá às pessoas aquilo que elas precisam, mas sim o que elas querem...
E nem sempre as pessoas sabem o que querem.
Existe um problema grave neste conceito: as pessoas são escolhidas a dedo, não porque são as mais adequadas para retratar um normal ser humano em Portugal, mas sim a pessoa mais "bonita" fisicamente e menos inteligente, basta ver um punhado de citações retiradas desses programas por parte dos concorrentes. Quem tiver o melhor equilíbrio destes 2 factores, é seleccionado a entrar. A parte física é importante ao ponto de, indirectamente, colocarem pessoas sexualmente muito sugestivas (digamos assim...), para que haja atracção entre os concorrentes e os leve a romances, que por sua vez levam a cenas de ciumes, que dão origem a conflitos, etc... E são estes episódios de "escândalo" que acabam por trazer audiências, que, no fundo, são o objectivo final destes programas...
Mas nada disto transmite qualquer tipo de conhecimento, informação, cultura... Se quisermos tirar algo de positivo destes programas, podemos afirmar que estes nos permite ver o tipo de pessoas que existe na nossa sociedade: pessoas incultas, superficialistas, fachadas daquilo que não são, e que não se importam de ser assim: um verdadeiro degredo do que é o nosso país. Os concorrentes destes programas são meras representações de tudo o que de mau e ridículo que a nossa sociedade tem e toda essa palhaçada transformou-se, de algum modo, em entretenimento para a população.
Há algo a reter que é muito importante a quem transmite estes programas: é um canal de televisão que, no seu todo, visa, única e exclusivamente, ter audiências e, desse modo, ganhar dinheiro a transmitir seja lá o que for. Já não são transmitidos programas que ensinem, realmente, algo de útil à sociedade. Até as notícias são manipuladas para causar sensacionalismo e ganhar audiências! São violados os códigos de ética jornalísticos que já levaram ao afastamento de jornalistas como Manuela Moura Guedes. Os "Reality Shows" não são mais do que programas sensacionalistas que visam fazer dinheiro, ignorando a cultura das pessoas, passando apenas "entretenimento" ofensivo, sexista, criador de conflitos e violento. O problema é que este canal transmite apenas o que as pessoas querem ver. E o que as pessoas querem ver são telenovelas, que nada ensinam, apenas mantém pessoas coladas aos ecrãs para ver o que acontece a seguir, numa história completamente ficcional; "Reality Shows" e jornalismo sensacionalista, que em vez de relatar realidades importantes, retrata cenas espalhafatosas, violentas, pouco importantes e pouco úteis com o simples objectivo de ganhar fama, audiências e dinheiro. É o capitalismo selvagem a ser emanado pelas nossas televisões com o objectivo de nos viciar, manipular e converter a determinadas ideologias. Não dá às pessoas aquilo que elas precisam, mas sim o que elas querem...
E nem sempre as pessoas sabem o que querem.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Televisão por subscrição. Sim ou não?
Empresas variadas fazem milhões simplesmente com a distribuição de televisão. Famílias investem todos os meses dezenas de €uros para poderem ver televisão com qualidade de imagem e com variedade de conteúdos. Empresas como a ZON, a MEO, Cabovisão, entre outros.
Neste momento temos 10,9% da população activa, cerca de 600.000 pessoas a receber o salário mínimo de 485€ mensais (posteriormente sujeitos a descontos) e cerca de 15 da população está desempregada.
Com menos dinheiro, as pessoas precisam de fazer opções, definir prioridades e escolher o que é mais importante. Desta forma vemos o consumo de produtos supérfluos a cair bastante para que se possa pagar alimentação, água, electricidade, os estudos dos filhos... basicamente todas as contas e encargos fiscais que têm que ser pagos, e já estes últimos são cada vez mais alvo de tentativa de fuga, tal é o desespero. Depois temos outro encargo que temos que pagar com o pouco que nos sobra: a televisão...
Mas porque é que eu digo que é um encargo que "temos" que pagar? Simples, porque temos direito à informação de qualidade, à instrução que só a televisão nos pode oferecer, quer pelo meio de documentários, quer mesmo pelo meio de programas de entretenimento que nos levam a conhecer outras culturas, como as séries de origem estrangeira. Hoje em dia a televisão é uma arma muito importante para a informação da população, para saber o que se passa nos dias de hoje no país e no mundo. Mas como vamos nós ter direito a essa informação se temos que pagar para poder ver televisão, como o caso da TDT, em que pessoas, já de si com pouco dinheiro, tiveram que pagar dezenas, ou mesmo centenas de €uros para poder ter aparelhos e visualizar os 4 canais de sinal aberto na sua residência? E os que não tiveram que o pagar, têm, todos os meses, que pagar umas dezenas para poderem ver televisão? Será justo que tenhamos que pagar para ter algo que é nosso por direito, como a informação?
Basicamente, quanto mais pobre menos instruído se fica. Quanto mais pobre, menos propinas se pode pagar para mandar os filhos para a escola, menos se pode pagar para ter uma informação de qualidade pela televisão, logo menos informação se recebe dentro de casa.
Quanto menos informadas as pessoas andam, menos sabem o que se passa na nossa assembleia. Quando chega a altura das eleições dá na desgraça que estamos a viver neste momento. Apenas se conseguem manter informados aqueles que têm dinheiro, e esses querem ainda mais dinheiro, pelo que vão para o lado que enriquece os ricos, apesar de que para isso se empobreça os pobres, mas a ganância não que saber disso.
Televisão paga? Claro, porque não? Há que fazer dinheiro! Mas isso nunca deve barrar o acesso à cultura e à informação. Que tal criar algumas isenções a quem tem dificuldades financeiras?
Enfim, enquanto o dinheiro e a ganância falarem mais alto, vai ficar tudo na mesma. Nada mudará enquanto as mentalidades não mudarem...
Cumprimentos
Neste momento temos 10,9% da população activa, cerca de 600.000 pessoas a receber o salário mínimo de 485€ mensais (posteriormente sujeitos a descontos) e cerca de 15 da população está desempregada.
Com menos dinheiro, as pessoas precisam de fazer opções, definir prioridades e escolher o que é mais importante. Desta forma vemos o consumo de produtos supérfluos a cair bastante para que se possa pagar alimentação, água, electricidade, os estudos dos filhos... basicamente todas as contas e encargos fiscais que têm que ser pagos, e já estes últimos são cada vez mais alvo de tentativa de fuga, tal é o desespero. Depois temos outro encargo que temos que pagar com o pouco que nos sobra: a televisão...
Mas porque é que eu digo que é um encargo que "temos" que pagar? Simples, porque temos direito à informação de qualidade, à instrução que só a televisão nos pode oferecer, quer pelo meio de documentários, quer mesmo pelo meio de programas de entretenimento que nos levam a conhecer outras culturas, como as séries de origem estrangeira. Hoje em dia a televisão é uma arma muito importante para a informação da população, para saber o que se passa nos dias de hoje no país e no mundo. Mas como vamos nós ter direito a essa informação se temos que pagar para poder ver televisão, como o caso da TDT, em que pessoas, já de si com pouco dinheiro, tiveram que pagar dezenas, ou mesmo centenas de €uros para poder ter aparelhos e visualizar os 4 canais de sinal aberto na sua residência? E os que não tiveram que o pagar, têm, todos os meses, que pagar umas dezenas para poderem ver televisão? Será justo que tenhamos que pagar para ter algo que é nosso por direito, como a informação?
Basicamente, quanto mais pobre menos instruído se fica. Quanto mais pobre, menos propinas se pode pagar para mandar os filhos para a escola, menos se pode pagar para ter uma informação de qualidade pela televisão, logo menos informação se recebe dentro de casa.
Quanto menos informadas as pessoas andam, menos sabem o que se passa na nossa assembleia. Quando chega a altura das eleições dá na desgraça que estamos a viver neste momento. Apenas se conseguem manter informados aqueles que têm dinheiro, e esses querem ainda mais dinheiro, pelo que vão para o lado que enriquece os ricos, apesar de que para isso se empobreça os pobres, mas a ganância não que saber disso.
Televisão paga? Claro, porque não? Há que fazer dinheiro! Mas isso nunca deve barrar o acesso à cultura e à informação. Que tal criar algumas isenções a quem tem dificuldades financeiras?
Enfim, enquanto o dinheiro e a ganância falarem mais alto, vai ficar tudo na mesma. Nada mudará enquanto as mentalidades não mudarem...
Cumprimentos
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Composição português 12º ano
Desta vez o tema pedido era a procura da popularidade no mundo actual. Espero estar bom. :D
A popularidade pode ser um modo de atingir um certo objectivo. O dinheiro é um dos mais cobiçados, mas também há o desejo de bens sem a necessidade de muito esforço, sexo fácil e grátis, ter roupa, calçado, acessórios gratuitos através de patrocínios, respeito, autoridade, protecção, entre outro.
Uma das formas mais conhecidas para se ser popular é a televisão, através de, por exemplo, programas como o Big Brother. Este é um programa onde a fama é obtida sem esforço, em que os concorrentes apenas são eles próprios e o público assiste, qual jardim zoológico. Após o término de um programa deste estilo os ex-concorrentes têm acesso fácil a contactos úteis, trabalho no ramo da publicidade, vendendo apenas a sua famosa imagem.
Mas nem tudo é assim tão simples ou inocente. A popularidade pode ser um modo de ingressar em grupos como, por exemplo, os gangs. Existem vários tipos de gangs, sobretudo nos Estados Unidos, em que alguns dos requisitos para entrar são: o facto de já ter estado na prisão, consumir drogas, violar ou mesmo matar. Este tipo de requisitos pode tornar o gang mais temido pelos rivais e essa popularidade leva o grupo a conseguir o que quer mais facilmente, sem grande esforço.
Assim, conclui-se que há várias formas de popularidade, mas todas elas nos levam ao mesmo objectivo: conseguir alcançar o que se deseja com esforço mínimo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)