Segundo a ASAE não existe "perigo para a saúde pública" mas
isto é apenas referente a este problema da carne de cavalo. Parece-me que tudo
isto não passa da ponta do icebergue, porque se pensarmos bem, isto tem
proporções enormes... Citando António Nunes, Inspector-Geral da ASAE, 13
de 134 amostras recolhidas deram resultados positivos à presença de carne de
cavalo em carne processada, o que, na minha opinião, é demasiado e, se toda esta quantidade consegue passar pelas nossas autoridades de higiene e segurança alimentar, o que é que andará por aí nos nossos pratos sem que nós saibamos? A partir de agora, quem nos garante que a famosa história das minhocas no McDonald's não são verdadeiras? Na minha opinião, o perigo de andarmos a comer coisas potencialmente nocivas à saúde é grande. Mas a minha opinião vale o que vale...
Outro dos problemas também muito falado que os tachos.... quer dizer, os senhores da União Europeia estão a discutir é o da rotulagem. Aparentemente a grande crise que isto está a causar não é o facto de as autoridades de segurança alimentar não terem detectado a existência de carne de cavalo onde ela não deveria existir, mas sim o facto dessa existência não se encontrar descrita no rótulo... Isto é a burocracia levada ao extremo... É mais importante o que de diz um papel que se encontra colado à embalagem do que o conteúdo dela propriamente dito...
Se formos a fundo na questão da origem deste produtos, é bem possível que encontremos criadores ilegais de cavalos para abate e consumo, matadouros ilegais, fábricas de processamento de carne clandestinas, entre outros que são um verdadeiro perigo para a saúde pública, pelos vistos, mundial. O que torna este perigo mundial é o facto destes produtos viajarem além fronteiras e milhares, ou mesmo milhões, de pessoas os consumirem... Se existiu esta facilidade de burla e sabendo que quando se encontra uma brecha, os oportunistas tentam logo aproveitá-la, acho que o risco acabou de existirem produtos alimentares perigosos acabou de aumentar, a não ser que comece a existir um maior controlo alimentar na origem, e não na rotulagem, ou quando o produto já anda na boca de milhares de pessoas pela Europa fora.
Quero apenas deixar uma nota positiva: visto que, apesar de ser carne de cavalo, estes produtos em concreto não constituem qualquer perigo para a saúde pública, o Ministro do Consumo francês decidiu que os alimentos retirados do mercado serão doados a instituições de solidariedade, que os distribuirá por quem mais necessita. Um acto nobre que deve ser realçado e congratulado.
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